A vulva é a região externa do trato genital feminino, compreende os lábios maiores e menores, clitóris, introito vaginal e glândulas de Bartholin, sendo essas últimas as responsáveis por ajudar na lubrificação da vagina durante o sexo.
O câncer de vulva é uma neoplasia maligna rara que corresponde a menos de 1% de todos os tumores malignos da mulher e é responsável por 5% dos cânceres dos órgãos reprodutores femininos, segundo dados colhidos nos EUA. Infelizmente, no Brasil, o INCA (Instituto Nacional de Câncer) não dispõe de estimativas para o câncer de vulva.
Historicamente, acomete pacientes mais idosas, sendo a média de idade de diagnóstico por volta dos 70 anos, aumentando a incidência à medida que os anos de vida passam. De toda forma, vale ressaltar que a doença tem aumentado entre as mulheres jovens, principalmente devido à associação com infecção por HPV. as mulheres jovens, e nestes casos a associação com HPV é comum.
O câncer de vulva geralmente é um câncer de pele, destacando-se os seguintes subtipos:
O câncer de vulva pode ser assintomático, porém a maioria das pacientes apresenta sintomas locais, como: coceira ou desconforto, vermelhidão ou alteração na cor da pele da vulva, aparecimento de caroços ou feridas. Em casos mais avançados, pode surgir sangramento não associado ao período menstrual ou saída de secreção local.
Nos casos de melanoma, a cor da pinta ou mancha pode ser preto-azulada ou marrom e ela pode ser saliente, além de ter formato assimétrico, bordas irregulares, diâmetro maior que 6 mm e potenciais mudanças de tamanho, forma e cor com o passar do tempo.
Pacientes com sinais e sintomas sugestivos de câncer de vulva devem ser avaliadas o mais breve possível. Qualquer lesão suspeita deve ser biopsiada, sendo esta a principal forma de diagnóstico.
Em seguida, o médico Oncologista clínico determina o estadiamento do câncer de vulva através da avaliação do tamanho da lesão, sua localização, presença de gânglios (linfonodomegalias) e extensão para outros órgãos locais, como clitóris, meato uretral, vagina e ânus.
Os estágios vão de I a IV, da seguinte maneira:
Adicionalmente, são solicitados exames de imagem para a avaliação completa do estágio, como radiografia do tórax, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
O tratamento depende do tipo de tumor e do seu estadiamento, predominantemente cirúrgico, mas a quimioterapia associada à radioterapia pode ser uma alternativa, sobretudo em neoplasias avançadas.
Em fases iniciais, a cirurgia tem melhores resultados estéticos, funcionais e de cura. É realizada a remoção de toda a vulva ou de uma parte dela, em um procedimento chamado vulvectomia. Os linfonodos adjacentes geralmente também são removidos, ou o médico realiza uma dissecção de linfonodo sentinela – a remoção do primeiro linfonodo que seria afetado pelo câncer.
A prevenção do câncer de vulva é possível através da atenção aos sinais do corpo e reduzindo-se a exposição aos seus fatores de risco.
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