O tumor de Wilms, ou nefroblastoma, é um tumor maligno originado no rim. Pode acometer um ou ambos os rins, ocorrendo principalmente antes dos 6 anos de idade. A cada dez casos de câncer renal em crianças, nove são tumores de Wilms, o que torna esta neoplasia renal a mais comum na infância.
Na maioria das vezes, há apenas uma lesão isolada; um pequeno número de pacientes com tumor de Wilms, porém, apresenta mais de uma lesão tumoral no mesmo rim. Em ambos os casos, a doença geralmente se torna muito grande antes de ser percebida.
Subtipos de tumor de Wilms
Os tumores de Wilms apresentam características histopatológicas que têm implicação no prognóstico:
Sintomas e sinais do tumor de Wilms
Os sintomas do tumor de Wilms pode se desenvolver sem causar quaisquer sintomas. Normalmente, seu primeiro sinal é uma massa palpável ou um inchaço no abdômen, que em geral é indolor.
Outros sintomas associados ao tumor de Wilms, à medida que ele cresce, são:
Diagnóstico do tumor de Wilms
Como muitos dos sinais e sintomas do tumor de Wilms são comuns em outras patologias, o diagnóstico pode demorar um pouco.
Quando o médico especialista suspeita da neoplasia em exame clínico, prossegue com outras etapas para a confirmação da doença. A investigação começa pelos exames de imagem que, na maioria das vezes, fornecem informações suficientes para confirmar o diagnóstico. Os mais usados são:
Tratamento Tumor de Wilms
A maioria das crianças com tumor de Wilms recebe mais de um tipo de tratamento.
A cirurgia costuma ser a primeira alternativa. Deve ser realizada por um cirurgião
Dependendo da situação, diferentes tipos de cirurgias podem ser realizados:
A quimioterapia consiste no uso de medicamentos infundidos na corrente sanguínea para atingir todas as áreas do corpo, inclusive e principalmente o tumor. É um tratamento muito útil para doença localizada e volumosa, assim como para a neoplasia disseminada. A maioria das crianças com tumor de Wilms fará quimioterapia.
Antes de cada sessão de quimioterapia, são feitos exames de sangue para verificar os níveis de células sanguíneas e se a função do fígado e dos rins está adequada. Em caso de anormalidade, a quimioterapia pode ser adiada ou as doses reduzidas.
Os medicamentos quimioterápicos podem afetar células além das neoplásicas e causar efeitos colaterais como perda de cabelo, aftas, perda de apetite, náusea, vômito, diarreia e prisão de ventre.
A radioterapia, por sua vez, costuma fazer parte do tratamento para tumores de Wilms avançados ou naqueles com histologia desfavorável (anaplásica), conforme orientação do protocolo. Em geral, quando indicada, é usada após a nefrectomia (para eliminar células cancerosas que possam ter restado)
Antes do início das sessões de radioterapia, são feitas medições com exames de imagem para determinar as doses adequadas e os ângulos corretos de direcionamento dos feixes de radiação.
Os possíveis efeitos adversos de curto prazo da radioterapia podem variar de leves mudanças locais, como vermelhidão na pele, a reações cutâneas mais graves. Também pode causar náusea, diarreia e cansaço.
Prevenção Tumor de Wilms
A causa do tumor de Wilms ainda é desconhecida. Embora algumas condições clínicas e síndromes genéticas possam estar associadas a um maior risco de desenvolver a doença, até hoje não foi encontrada uma ligação com fatores ambientais, seja durante a gravidez ou após o nascimento da criança. Não há.
Sobretudo, como prevenir o surgimento deste tipo de tumor. Em casos de pacientes portadores de reconhecidas síndromes genéticas (Beckwith-Wiedemann, Denys-Drash, WAGR, entre outras) associadas ao risco de tumor de Wilms é dever do pediatra indicar a realização de ultrassonografia de abdome total a cada 3 a 4 meses até a idade de 6 a 7 anos.
Mande um e-mail
atendimento@medclinica.com.br
Entre em contato
(21) 2742 – 6454