Sarcomas são grupos heterogêneos de tumores que englobam três grandes grupos: partes moles, ossos e GIST (tumor do estroma gastrointestinal). São tumores originados a partir do crescimento desordenado de células ósseas e podem acometer qualquer osso do corpo.
São tumores raros, com incidência em torno de 0,2% de todos os cânceres em adultos. No Brasil, há poucos estudos epidemiológicos sobre a doença, mas a comparação de dados regionais com bancos de dados internacionais mostra que no país a incidência e o prognóstico são semelhantes ao restante do mundo. Iniciativas de cooperação entre médicos e pacientes de diversas partes do globo são extremamente importantes para o melhor entendimento e manejo dessa doença.
As causas dos sarcomas são desconhecidas na maioria dos pacientes, embora uma pequena porcentagem seja relacionada a fatores como síndromes genéticas hereditárias (tais como neurofibromatose ou doença de von Recklinghausen, síndrome de Gardner, síndrome de Li-Fraumeni, retinoblastoma, síndrome de Werner, síndrome de Gorlin e esclerose tuberosa), exposição à radiação e a agentes químicos.
A classificação dos tumores ósseos leva em consideração os tecidos produzidos pelos tumores. Podem atingir ossos e cartilgens. Os principais tipos são:
Além dos três tipos mais frequentes, fazem parte desse grupo tão heterogêneo outros subtipos, como sarcoma pleomorfo do osso, fibrossarcoma, tumor ósseo de células gigantes e cordoma.
Dores, aumento do volume na região afetada e fratura são os sintomas mais comumente encontrados em pacientes com sarcoma ósseo. Febre pode acompanhar o quadro.
Alguns casos podem ser assintomáticos, sendo o tumor um achado casual em algum exame de rotina.
O diagnóstico dos tumores ósseos começa com exame clínico e exames de imagem como radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea ou PET-TC.
Após a análise de imagem, o diagnóstico é corroborado por meio de biópsia, que consiste na retirada de um pedaço do tumor e análise em laboratório para confirmação do subtipo, grau de agressividade e características moleculares que possam ajudar no tratamento.
A baixa incidência, seu amplo espectro de subtipos, comportamentos biológicos e ubiquidade tornam o manejo dos ostessarcomas desafiador. Por isso, o tratamento deve ser feito em um ambiente multidisciplinar, com equipes de especialistas experientes.
O tratamento depende do tipo, tamanho e local do tumor e pode utilizar as três modalidades mais comuns em oncologia:
Além do controle da doença, a preservação do membro com boa função motora é um dos principais objetivos do tratamento, sendo a abordagem individualizada para cada paciente.
A maior parte dos sarcomas ósseos não tem fator de risco conhecido, o que torna difícil a prevenção. Não existe um exame de rotina que ajude a detectar a doença.
Para quem é portador das síndromes genéticas hereditárias relacionadas aos tumores ósseos, exames de rastreio regulares podem ajudar no diagnóstico precoce e resultar em maior chance de cura no tratamento.
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