O câncer de pele é uma doença causada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Elas se dispõem formando camadas, e de acordo com as que forem afetadas é definido o tipo de câncer, que pode ser melanoma ou não melanoma (carcinomas basocelular e espinocelular). Entre todos os tipos de tumores malignos registrados no Brasil, o câncer de pele não melanoma é o mais frequente: corresponde a cerca de 30% dos casos.
No universo das neoplasias que acometem a pele, é o mais incidente no país: para 2020, o INCA (Instituto Nacional de Câncer) estimou 176.930 novos casos de câncer de pele não melanoma, diante de 185.380 casos totais de câncer de pele (cerca de 95,5%, portanto). É importante destacar, porém, que o câncer de pele é sabidamente subnotificado, o que significa que os números reais de casos tendem a ser bem mais altos.
No mundo, o câncer de pele não melanoma é o quinto mais comum em homens e mulheres, com mais de 1 milhão de diagnósticos por ano.
É mais comum depois dos 40 anos e raro em crianças e indivíduos de pele negra – com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas. Pessoas com pele clara, sensíveis à ação dos raios solares ou com doenças cutâneas prévias são as mais atingidas.
Sua causa mais frequente é a exposição prolongada e repetida aos raios ultravioletas do sol, principalmente na infância e na adolescência. O dano solar é persistente e cumulativo durante toda a vida.
Existem dois tipos de câncer de pele não melanoma:
O principal sintoma do câncer de pele não melanoma é o surgimento de marcas ou “lesões” na pele com características bastante marcantes:
Ao notar essas alterações na pele, é importante passar por uma consulta com um médico. O seu médico de confiança, seu clínico, seu ginecologista serão essenciais para esta avaliação. O dermatologista é um especialista essencial neste momento.
O primeiro passo do diagnóstico do câncer de pele não melanoma é o exame clínico feito por um médico, preferencialmente um dermatologista.
Detectada a possibilidade de um nódulo, uma mancha ou uma ferida ser um carcinoma, parte-se para a dermatoscopia, exame de exclusiva competência do dermatologista em que um aparelho permite a visualização de algumas camadas da pele não vistas a olho nu. Normalmente, ela precisa ser complementada com o exame histopatológico, que é a avaliação da anormalidade, retirada parcialmente ou em sua totalidade por biópsia. É aí que se confirma o diagnóstico e é apontada a indicação do melhor tipo de tratamento.
Em alguns casos, a dermatoscopia consegue poupar os pacientes da biópsia, exame invasivo que deixa cicatriz cirúrgica na pele.
O tratamento padrão mais indicado para o câncer de pele não melanoma, seja basocelular ou espinocelular, é a cirurgia, que permite um controle histopatológico da lesão. Quanto mais iniciais forem a suspeita e o diagnóstico, maior será a chance de cura.
A cirurgia micrográfica é um método que pode ser útil em algumas situações, pois permite maior controle das margens do tumor ressecado, o que possibilita uma maior chance de cura. Em alguns casos, pode-se associar a radioterapia à cirurgia.
Uma vez diagnosticado o câncer de pele não melanoma, o dermatologista poderá considerar diferentes opções de tratamento, que serão discutidas e individualizadas para cada paciente.
A terapia fotodinâmica (uso de um creme fotossensível sobre o tumor, com posterior aplicação de uma fonte de luz para a destruição seletiva de células neoplásicas) é uma opção para a ceratose actínica (uma lesão precursora do câncer de pele não melanoma), para o carcinoma basocelular superficial e para o carcinoma espinocelular “in situ” (também chamado de Doença de Bowen). Também são opções para esses tipos de câncer a criocirurgia com nitrogênio líquido, a quimioterapia e a imunoterapia tópica.
Diferentes métodos têm se mostrado eficazes, mas é necessária a indicação de um dermatologista experiente, a fim de evitar a recidiva.
Uma vez que o maior fator de risco para o surgimento do câncer de pele não melanoma é a exposição aos raios ultravioletas do sol, a melhor forma de prevenção é evitar a exposição desprotegida da pele das 10h às 16h, quando sua incidência é mais intensa.
Mesmo antes e depois desses horários, é recomendado proteger a pele com sombra (natural ou de guarda-sol, sombrinha e barraca), roupas, bonés e chapéus, óculos escuros com proteção UV nas lentes. Na pele, deve ser aplicado filtro ou protetor solar com FPS 30, no mínimo. Lábios requerem produtos específicos para sua proteção por ser uma área mais delicada.
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