Câncer de nasofaringe é o tumor maligno que acomete a porção superior da faringe, órgão aerodigestivo que se estende desde o fundo do nariz até a laringe e o esôfago. Trata-se de um tipo raro de câncer de cabeça e pescoço, com incidência de menos de um caso para cada 100 mil pessoas por ano na maior parte do mundo. Em algumas regiões, no entanto, essa incidência é maior, como no sul da China e no sudeste asiático.
Embora a causa do câncer de nasofaringe não seja definida para muitos casos, o carcinoma de nasofaringe está fortemente relacionado com a infecção crônica pelo vírus Epstein-Barr (EBV), que é o mesmo vírus causador da mononucleose (doença do beijo). Essa é o principal fator de risco para a doença.
O risco de desenvolver câncer de nasofaringe aumenta à medida que a idade avança, mas pode ocorrer em pessoas de todas as faixas etárias. Nos EUA, cerca de metade dos pacientes com esse tipo de câncer tem menos de 55 anos. No Brasil, cerca de 835 novos casos são diagnosticados anualmente, o que corresponde a 0,14% do total de neoplasias.
Na maioria dos casos, o câncer de nasofaringe é um carcinoma, tumor que se inicia nas células epiteliais que revestem as superfícies interna e externa da região.
Os carcinomas de nasofaringe são classificados de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) em três subtipos:
O câncer de nasofaringe também pode ser um linfoma, tumor de células do sistema imunológico encontradas em todo o corpo, inclusive na nasofaringe.
Os primeiros sintomas do câncer de nasofaringe costumam ser obstrução nasal persistente, sangramento pelo nariz e surgimento de caroços no pescoço – este último causado pela propagação da doença para os linfonodos cervical.
Outros sintomas incluem:
O diagnóstico do câncer de nasofaringe deve ser feito por médico especializado e experiente que desconfie do conjunto de sintomas do paciente.
O primeiro exame feito é clínico, com a visualização da nasofaringe por meio de um espelho especial ou um tubo flexível (endoscópio). No caso do endoscópio, ele é colocado através do nariz ou eventualmente da boca para que o médico possa ter uma boa visão da região.
Caso seja encontrado um tumor, uma amostra de seu tecido é retirada (biópsia) para análise do patologista, que confirmará ou não o diagnóstico.
Após a confirmação anatomopatológica são realizados exames de imagem como tomografia computadorizada, ressonância magnética e/ou PET Scan, para avaliar a extensão da doença e definir a melhor estratégia de tratamento.
Devido à sua localização, o tratamento cirúrgico do câncer de nasofaringe é quase sempre contraindicado. A maioria dos pacientes é tratada com uma combinação de quimioterapia e radioterapia, e o tumor costuma responder muito bem a esses tratamentos.
Se o tumor for recorrente, pode-se considerar uma nova radioterapia, um resgate cirúrgico ou apenas tratamento sistêmico com quimioterapia.
Não existe exame de rastreamento que possa ser feito. A redução da exposição ao EBV seria a única forma de prevenir o desenvolvimento da doença.
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