A leucemia é uma doença maligna das células sanguíneas, notável pelo acumulo de células jovens anormais, conhecidas como blastos. Essas células anormais substituem as células sanguíneas normais na medula óssea e podem Infiltrar em outros órgãos como gânglios linfáticos, baço, fígado, sistema nervoso central, testículos, pele e olhos.
Entre crianças e adolescentes, a leucemia é o câncer mais comum, principalmente suas formas agudas. A incidência estimada é de 3 a 4 casos a cada 100 mil crianças menores de 15 anos, atingindo seu pico entre os 2 e 5 anos de idade.
As leucemias podem ser classificadas de acordo como tipo celular acometido sendo chamada de linfoide ou mieloide quando os linfocitos ou mielocitos jovens ou imaturos são os responsaveis pela origem da leucemia respectivamente.
Tambem podem ser classificadas como aguda quando as celulas jovens e imaturas multiplicam desordenamente ou cronica quando há uma multiplicação rápida e desordenada de células diferenciadas ou seja maduras.
Os principais subtipos de leucemia aguda são:
Os principais sintomas da leucemia em crianças são:
Vários sintomas da leucemia podem ser comuns a outras doenças. Por isso, é importante estar atento ao conjunto deles e procurar ajuda médica o mais rápido possível quando eles se manifestarem.
Diante destes sintomas, procure imediatamente um médico que pode ser o pediatra ou um hematologista ou oncologista pediatra. Este profissional vai fazer a história clínica e o exame físico inicial em busca de sinais e sintomas suspeitos de leucemia. Será solicitado um hemograma que poderá evidenciar alterações sanguíneas sugestivas tais como presença de glóbulos brancos aumentados ou diminuídos, anemia e plaquetas baixas. Às vezes o sangue já mostra a presença de células da leucemia chamada blastos.
A seguir, o paciente deve ser encaminhado para exames específicos a fim de obter um diagnóstico correto e preciso da doença oncológica. Veja alguns detalhes deles:
Se o resultado do mielograma não for conclusivo ou a aspiração da medula óssea não oferecer uma amostra suficiente para o exame, pode ser necessária a biópsia do osso, em que um fragmento ósseo é retirado com agulha própria.
Também pode ser necessário o exame do líquor. Para o procedimento, uma pequena agulha é introduzida no espaço entre os ossos da coluna na altura da bacia e é feita uma punção lombar para aspirar o líquido cefalorraquidiano (líquor), que circula ao redor do cérebro e da medula espinhal. O objetivo deste exame é identificar a presença de células leucêmicas no sistema nervoso central.
A punção lombar também é realizada para administrar medicamentos quimioterápicos no espaço da medula espinhal com o objetivo de prevenir ou tratar a leucemia caso ela esteja presente no sistema nervoso central.
Exames de imagem também são solicitados para o diagnóstico da leucemia em crianças. As radiografias, ultrassonografias, tomografias e ressonâncias magnéticas, entre outros exames, são realizadas para avaliar a extensão da doença e se há espalhamento para outros órgãos e partes do corpo.
O tratamento das leucemias segue um protocolo específico, de acordo com o tipo da doença. É realizado por meio de quimioterapia, imunoterapia associada ou não à radioterapia e ao transplante de medula óssea. A duração do tratamento varia de caso para caso.
Entenda como cada procedimento pode ser útil no tratamento da leucemia em crianças:
É importante que todas as opções de tratamento sejam sempre discutidas com o médico, bem como sua eficácia e seus possíveis efeitos colaterais, para ajudar a tomar a decisão que melhor se adapte às necessidades de cada paciente.
Não há como prevenir ou realizar exames de sangue ou outros testes de triagem para a maioria das crianças como forma de rastrear a leucemia antes que ela comece a causar sintomas que levem a uma consulta médica. A melhor maneira de detecção precoce é prestar atenção aos possíveis sinais da doença e procurar ajuda imediatamente ao percebê-los.
Existem algumas condições genéticas, como a síndrome de Li-Fraumeni ou a síndrome de Down, que predispõem à doença. Tal predisposição também pode ocorrer em crianças que já tenham sido tratadas com quimioterapia e/ou radioterapia para outros tipos de câncer e em crianças que fizeram transplantes de órgãos e estão em uso de medicamentos supressores do sistema imunológico. O risco de leucemia nestas crianças, embora maior do que na população em geral, ainda é pequeno.
Leucemia em crianças tem cura?
A dúvida de muitos pacientes e seus familiares é com relação à cura. A leucemia em crianças pode ser tratada com sucesso em muitos casos, e a maioria das crianças diagnosticadas com leucemia tem boas perspectivas de cura. É essencial ressaltar que fatores individuais, como prognóstico, estágio da doença e outras condições, devem ser levados em consideração.
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