O hepatoblastoma é o tumor hepático mais comum em crianças, com incidência maior de 0 a 4 anos, sendo raro após os 5 anos de idade. As células do hepatoblastoma são semelhantes às células do fígado fetal. Cerca de duas em cada três crianças com esses tumores são tratadas com sucesso com cirurgia e quimioterapia.
Nas últimas décadas, houve grande avanço no manejo do hepatoblastoma graças à melhora nos métodos diagnósticos por imagem, no uso de regimes quimioterápicos eficazes, na melhor abordagem cirúrgica e na possibilidade de realização de transplante hepático.
Sintomas do hepatoblastoma
Os sinais de hepatoblastoma infantil podem variar em cada criança e dependem da extensão do tumor e da presença ou não de metástases a distância. Alguns pacientes apresentam puberdade precoce associada ao aumento de gonadotrofina coriônica humana (BetaHCG). No geral, os sintomas são:
Diagnóstico do hepatoblastoma
O diagnóstico e o tratamento se baseiam na estratificação de risco dos pacientes, com uma avaliação dos biomarcadores tumorais séricos, exames de imagem (para estudo da extensão da doença) e histopatologia.
Para chegar ao diagnóstico do hepatoblastoma é necessário realizar:
Tratamento para o hepatoblastoma
A proposta de tratamento do hepatoblastoma pelo protocolo da SIOP (Sociedade Internacional de Oncologia Pediátrica) envolve uma abordagem multimodal, incluindo quimioterapia pré-operatória (com o objetivo de redução do tumor primário), seguida da ressecção cirúrgica do tumor residual. Os pacientes com tumores irressecáveis após a quimioterapia pré-operatória são encaminhados para avaliação de transplante hepático.
O prognóstico depende da ressecabilidade, tamanho e localização do tumor, da extensão da doença e da presença ou ausência de metástases.
Principais abordagens de tratamento do hepatoblastoma
A ressecção cirúrgica (remoção do tumor com cirurgia) é a melhor opção para a cura do hepatoblastoma. Pode ser feita uma hepatectomia parcial com a remoção da parte do fígado onde o câncer está, junto com uma pequena quantidade de tecido saudável ao seu redor. Se for uma hepatectomia total, além da retirada de todo o fígado é indicado o transplante.
A embolização é um procedimento que injeta substâncias diretamente em uma artéria do fígado para bloquear ou reduzir o fluxo sanguíneo para o tumor. O bloqueio da parte da artéria hepática que alimenta o tumor ajuda a matar as células cancerosas. Este é um procedimento incomum no tratamento, dependendo de decisão multidisciplinar
Por fim, a quimioterapia é indicada em todos os casos de hepatoblastoma em crianças. Usualmente é administrada antes da cirurgia para reduzir o tumor e torná-lo mais fácil de remover.
Prevenção do Hepatoblastoma
A causa exata do câncer de fígado em crianças é desconhecida – sabe-se, de toda forma, que a prematuridade e o baixo peso ao nascimento são associados ao risco de desenvolver a doença. Porém, como não são fatores controláveis pelos pacientes, não há uma forma de prevenção para o hepatoblastoma.
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