Glioblastoma é um tumor maligno primário do Sistema Nervoso Central responsável pela maioria das mortes entre os pacientes com tumores cerebrais primários. Pode ocorrer no cérebro ou na medula espinhal e é altamente invasivo, e sua característica mais marcante é o potencial de infiltração no parênquima cerebral circundante, permanecendo tipicamente confinado ao Sistema Nervoso Central (SNC). Forma-se a partir de células chamadas astrócitos, que sustentam e nutrem as células nervosas (neurônios) do cérebro.
Embora este tumor cresça rapidamente no cérebro, raramente se espalha para outras partes do corpo.
Em uma classificação de I a IV da OMS (Organização Mundial de Saúde), sendo a IV a mais agressiva, o glioblastoma é classificado como grau IV. Atualmente, essa classificação vem sendo atualizada, passando a incorporar achados moleculares presentes no tumor a achados histológicos característicos.
Os fatores de risco para o surgimento do glioblastoma são pouco conhecidos. Como outros tipos de câncer, ele tem início quando as células crescem descontroladamente e formam tumores. Menos de 1% dos glioblastomas pode estar associado à síndrome de câncer hereditário, incluindo neurofibromatose do tipo 1 e 2, síndrome de Turcot e síndrome de Li Fraumeni,
Usualmente, o glioblastoma pode surgir de uma transformação de um astrocitoma grau II ou III. Radiação ionizante é o único fator de risco externo conhecido para o desenvolvimento do glioblastoma.
Alguns dos sintomas do glioblastoma estão relacionados à localização do tumor. Por exemplo, se ele crescer em uma área que controla os movimentos do braço, o membro pode perder força. Se crescer em uma área que controla a fala, a capacidade de comunicação verbal pode ser afetada.
Conforme o tumor continua a crescer, ele começa a ocupar espaço. Isso aumenta a pressão dentro do cérebro, o que leva a alguns sintomas como:
Na consulta clínica, após coleta de história e exame físico, o médico solicitará exames complementares que podem incluir:
O tratamento do glioblastoma engloba uma equipe médica multidisciplinar com neurocirurgiões, oncologistas, radio-oncologistas e neurologistas, além de profissionais essenciais para procedimentos paralelos, como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, nutricionistas e psicólogos.
A escolha do protocolo dependerá da idade, da saúde geral em que se encontra o paciente e do tamanho e localização do tumor no momento do diagnóstico.
De forma geral, o tratamento padrão do glioblastoma costuma envolver cirurgia seguida de quimioterapia e radioterapia, sempre associadas aos cuidados clínicos de suporte.
A cirurgia é utilizada para retirar a maior parte possível do tumor, preservando funções do paciente. A ressecção de uma parte ou de toda parte visível do tumor pode ajudar a aliviar a pressão no cérebro, diminuindo sintomas e melhorando a qualidade de vida, além de fornecer dados para o diagnóstico histológico e molecular da doença.
Mesmo com as melhores técnicas cirúrgicas, algumas células tumorais podem permanecer. Por isso, após o procedimento cirúrgico é recomendado complementar o tratamento com quimioterapia, radioterapia, medicamentos para reduzir o edema cerebral e crises convulsivas e cuidados clínicos de suporte paliativo.
Após a conclusão do tratamento indicado, o paciente seguirá em acompanhamento da equipe médica multidisciplinar realizando exames de imagem e consultas periódicas.
Por não ser originado por fatores controláveis, o glioblastoma não é uma doença que possa ser prevenida.
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