O câncer colorretal inclui tumores que atingem uma parte do intestino grosso (o cólon) e o reto (final do intestino, porção localizada antes do ânus). Quando diagnosticado precocemente, costuma ser tratável e, em grande parte dos casos, curável. Isso é possível geralmente quando ele ainda não se espalhou para outros órgãos (na chamada metástase).
A maioria desses tumores começa a partir do surgimento de pólipos, que são lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.
O câncer de reto propriamente dito também começa nas células de revestimento e tem início como um pólipo. Sua incidência é de aproximadamente 29% dentre os tumores intestinais. Vale detalhar que o reto é a porção do intestino grosso delimitada inferiormente pela linha pectínea. O reto baixo fica a até 5 cm da borda anal, o reto médio, entre 5 e 10 cm da borda anal, e o reto alto, entre 10 e 15 cm da borda anal.
Os dados da última estimativa mundial apontam que foram notificados mais de 1 milhão de novos casos de câncer do cólon e reto em homens, sendo o terceiro tumor mais incidente entre todos os cânceres masculinos, com um risco estimado de 26,9/100 mil. Já para as mulheres, esse número foi um pouco menor, com o registro de pouco mais de 850 mil casos novos, sendo o segundo tumor mais frequente, com taxa de incidência de 21,9/100 mil. Em termos de mortalidade o câncer colorretal foi a segunda causa de morte por câncer no mundo, ficando atrás apenas das neoplasias de pulmão.
No Brasil para cada ano (considerando o triênio 2023 a 2025) são estimados 45.630 novos casos de câncer colorretal, sendo 21.970 em homens e 23.660 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 20,78 casos novos a cada 100 mil homens e de 21,41 para cada 100 mil mulheres em nosso país.
Em termos de mortalidade, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), em 2021 foram observados no Brasil 10.662 óbitos por câncer de cólon e reto em homens e 10.598 em mulheres.
A incidência do câncer colorretal tem uma elevação significativa após os 50 anos e continua aumentando com o avançar da idade, apesar de o número de casos ter aumentado recentemente em pacientes mais jovens.
Os fatores de risco do câncer de reto, especificamente, são muito relacionados aos hábitos alimentares e de vida e a condições prévias de saúde. Entre eles, destacam-se:
Subtipos de câncer colorretal
A imensa maioria dos tumores colorretais é classificada como adenocarcinomas. Esses cânceres começam em células que secretam o muco com o objetivo de lubrificar o interior do cólon e do reto e possuem alguns subtipos, como o adenocarcinoma de célula de anel de sinete e o mucinoso.
Outros tipos de tumor que podem começar no cólon e no reto incluem:
O câncer colorretal pode ser uma doença silenciosa e não causar sintomas imediatos. Mas, quando presentes, podem incluir:
É importante ressaltar que muitos desses sintomas podem ser causados por outras condições que não sejam câncer colorretal, como infecção, hemorroida ou Síndrome do Intestino Irritável. Por isso a importância de, ao primeiro sinal de anormalidade, buscar por uma avaliação médica. E mesmo na ausência de sintomas, deve-se buscar o rastreamento para detecção precoce, a partir dos 45 anos de idade, o que será melhor explicado no item abaixo.
O primeiro passo do diagnóstico do câncer colorretal é traçar o histórico médico do paciente para a identificação de possíveis fatores de risco.
O exame físico pode incluir palpação do abdômen em busca de anormalidades, como massas ou órgãos aumentados. Além disso, pode ser necessária também a realização de um exame digital retal, em que o médico insere um dedo (protegido por uma luva lubrificada) no reto para avaliar se existem áreas anormais.
Importante destacar que há medidas de rastreamento para o câncer colorretal, hoje em dia recomendadas a partir dos 45 anos de idade para todos homens e mulheres, independente do histórico familiar de tumores. Entre as opções temos a pesquisa de sangue oculto nas fezes e a endoscopia (colonoscopia ou retossigmoidoscopia). No caso de pacientes portadores de síndromes familiares que aumentem o risco deste tipo de tumor a idade para o início do rastreamento pode ser antecipada, conforme orientação médica.
Outros exames podem ser solicitados no processo diagnóstico do câncer colorretal. São eles:
No diagnóstico também é determinado o estadiamento do câncer colorretal, ou seja, a fase em que o tumor é classificado. Ele é bastante útil para auxiliar o médico na tomada de decisões sobre o tratamento. No câncer colorretal, são quatro os estádios:
O médico e uma equipe multidisciplinar determinam as opções de tratamento de acordo com o diagnóstico do câncer colorretal.
As principais abordagens adotadas no manejo do câncer colorretal são:
A prevenção primária do câncer colorretal inclui medidas para diminuir o risco de desenvolver a doença, como:
Mande um e-mail
atendimento@medclinica.com.br
Entre em contato
(21) 2742 – 6454