O câncer da cavidade nasal e dos seios paranasais é um tipo raro de tumor que se desenvolve nas células da mucosa que reveste o interior do nariz e as cavidades ao redor dele. Essas regiões estão diretamente ligadas ao sistema respiratório e, quando afetadas, comprometem funções essenciais como a respiração, o olfato e, em casos mais graves, a visão e a fala.
Diversos tipos de células presentes na cavidade nasal e nos seios paranasais podem originar tumores com características distintas. Entre os mais comuns, estão:
Carcinoma de células escamosas: tipo mais frequente, com origem nas células epiteliais da mucosa;
Adenocarcinoma, carcinoma adenoide cístico e mucoepidermoide: originados nas glândulas salivares menores;
Carcinoma indiferenciado: de crescimento rápido, com células muito alteradas;
Melanoma: começa nos melanócitos da mucosa nasal;
Estesioneuroblastoma (neuroblastoma olfatório): afeta o nervo responsável pelo olfato;
Linfoma: pode surgir nos linfócitos localizados nessas regiões;
Sarcomas: cânceres dos tecidos de suporte, como ossos e cartilagens.
Além dos tumores malignos, há condições benignas que merecem atenção:
Pólipos nasais: geralmente causados por inflamações crônicas;
Papilomas e papiloma invertido: podem evoluir para câncer e, por isso, são removidos cirurgicamente.
Os sinais do câncer de cavidade nasal e seios paranasais costumam ser inespecíficos e confundidos com infecções comuns. Por isso, devem ser investigados se persistirem por mais de três semanas:
Congestão nasal unilateral;
Dor no rosto ou acima dos olhos;
Secreção purulenta ou com sangue;
Perda de olfato;
Inchaço ou dormência facial;
Dor de cabeça persistente;
Alterações na visão;
Dificuldade para abrir a boca;
Nódulos no rosto ou pescoço.
O diagnóstico começa com avaliação clínica e exames de imagem:
Tomografia computadorizada: identifica danos aos ossos e extensão do tumor;
Ressonância magnética: detalha tecidos moles e eventuais invasões;
PET Scan: detecta áreas com atividade celular aumentada, sugerindo disseminação do câncer.
A confirmação do diagnóstico é feita por biópsia, com remoção de um pequeno fragmento do tecido para análise laboratorial. Pode ser feita de forma endoscópica, ambulatorial ou cirúrgica, dependendo da localização e do risco de sangramento.
O tratamento depende do tipo, localização e estágio do tumor. As principais abordagens são:
Cirurgia: remove o tumor e parte do tecido ao redor. Pode incluir técnicas reconstrutivas para preservar funções e estética;
Cirurgia endoscópica: indicada para tumores pequenos, menos invasiva e com recuperação mais rápida;
Esvaziamento cervical: remoção de gânglios linfáticos, caso haja metástases;
Radioterapia: usada isoladamente ou como complemento à cirurgia;
Quimioterapia: pode ser neoadjuvante (antes da cirurgia), adjuvante (após cirurgia) ou paliativa (quando não há cura possível).
Ainda não há exames de rastreio eficazes para detectar precocemente esse tipo de câncer, tampouco medidas preventivas específicas. Por isso, é essencial estar atento aos sintomas persistentes e buscar avaliação médica o quanto antes. O diagnóstico precoce pode salvar vidas.
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