Os tumores do sistema nervoso central (SNC) são causados pelo crescimento anormal de células no cérebro ou na medula espinhal — estruturas que compõem o centro de controle do corpo. Embora possam ser benignos ou malignos, até os tumores benignos podem causar danos significativos, já que pressionam regiões delicadas do sistema nervoso.
Cerca de 88% dos tumores primários do SNC surgem no cérebro. Apesar de representarem entre 1,4% e 1,8% dos cânceres no mundo, esses tumores são responsáveis por altos índices de morbidade e mortalidade.
Os tumores podem ser:
Primários – iniciam no próprio SNC;
Secundários (metastáticos) – surgem em outros órgãos e se espalham para o cérebro.
Entre os principais subtipos, destacam-se:
Meningiomas
Geralmente benignos, originam-se na camada que reveste o cérebro e a medula. São mais frequentes em mulheres entre 50 e 70 anos.
Adenomas hipofisários
Tumores da glândula hipófise. Podem ser funcionais (com produção hormonal) ou não.
Gliomas
Tumores malignos que se originam nas células gliais. Incluem astrocitomas, oligodendrogliomas e glioblastomas.
Meduloblastomas
Tumores agressivos, mais comuns na infância. Exigem tratamento combinado com cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Os sinais variam de acordo com o tamanho, localização e agressividade do tumor. Os principais sintomas incluem:
Dor de cabeça persistente ou com padrão alterado;
Convulsões ou crises epilépticas;
Perda de força, visão, audição ou fala;
Alterações de comportamento ou personalidade;
Náuseas, vômitos e visão turva (causados por aumento da pressão intracraniana);
Sonolência e dificuldade de equilíbrio.
O processo diagnóstico envolve:
Ressonância magnética – principal exame para identificar a localização e a extensão do tumor;
Tomografia computadorizada – útil em casos específicos ou quando a ressonância não é indicada;
Punção lombar – analisa o líquido cefalorraquidiano para detectar células tumorais;
Exames laboratoriais – usados para avaliar a função geral do organismo;
Biópsia – coleta de tecido tumoral para análise histopatológica e molecular.
O tratamento é individualizado e envolve uma equipe multidisciplinar. As principais abordagens incluem:
Cirurgia
Quando possível, é o primeiro passo. Pode ser curativa em tumores benignos e ajuda a reduzir o volume do tumor para outros tratamentos.
Radioterapia
Aplicada após a cirurgia ou como tratamento principal em casos inoperáveis. Pode ser associada à quimioterapia.
Quimioterapia
Atua no controle do crescimento tumoral, especialmente em gliomas e meduloblastomas.
Terapias-alvo
Medicamentos que atacam características específicas das células tumorais. Ainda são pouco usados, mas apresentam potencial promissor.
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