Tipos de Câncer

Câncer de Colo de Útero

O câncer do colo do útero é uma das principais causas de morte por câncer em mulheres, mas pode ser prevenido e tratado quando diagnosticado precocemente. A infecção persistente pelo HPV é o principal fator de risco, tornando a vacinação e o exame Papanicolau essenciais para a prevenção. Nos estágios iniciais, a doença é silenciosa, mas pode causar sangramento vaginal, dor pélvica e secreção anormal conforme avança. O tratamento varia entre cirurgia, quimioterapia e radioterapia, dependendo do estágio da doença. Saiba mais.

Women's health concept. Young woman holds a small chalkboard with "HPV" inscription
O câncer de colo de útero é um dos mais preveníveis e a principal causa é a infecção pelo HPV, para o qual já existe vacina.

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O que é o câncer de colo de utero

O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é uma doença que se desenvolve a partir da multiplicação desordenada das células que revestem essa região. Inicialmente, pode permanecer restrito ao colo do útero, mas, se não tratado, pode atingir tecidos próximos e até se espalhar para outras partes do corpo, no que chamamos de metástase.

A principal causa desse câncer é a infecção persistente por tipos oncogênicos do HPV (Papilomavírus Humano). Embora a infecção pelo HPV seja muito comum e, na maioria dos casos, o próprio organismo consiga eliminá-la naturalmente, algumas mulheres podem desenvolver alterações celulares que evoluem para o câncer.

Globalmente, o câncer do colo do útero é o quarto tipo de câncer mais comum em mulheres, com cerca de 570 mil novos casos por ano. No Brasil, é o terceiro câncer mais incidente entre as mulheres, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal.

Tipos de câncer do colo do útero

Os dois principais tipos de câncer cervical são classificados de acordo com a célula de origem:

  • Carcinoma epidermoide – Representa 80% a 90% dos casos e se desenvolve no epitélio escamoso do colo do útero.
  • Adenocarcinoma – Mais raro, corresponde a 10% a 20% dos casos e afeta as células glandulares da região cervical.

Sintomas do câncer do colo do útero

Essa é uma doença de evolução lenta e silenciosa, sem sintomas nos estágios iniciais. Com a progressão, os primeiros sinais podem incluir:

  • Sangramento vaginal intermitente, especialmente após relações sexuais ou fora do período menstrual;
  • Secreção vaginal anormal, com odor ou coloração incomum;
  • Dor pélvica persistente, podendo estar associada a sintomas urinários;
  • Alteração do hábito intestinal em casos mais avançados.

Diante de qualquer um desses sintomas, é fundamental buscar avaliação médica para um diagnóstico preciso.

Diagnóstico do câncer do colo do útero

A detecção precoce é essencial e pode ser feita pelo exame preventivo papanicolau, um teste simples que identifica alterações celulares antes mesmo do câncer se desenvolver.

Caso seja identificada alguma alteração, exames complementares podem ser solicitados, como:

  • Exame pélvico com espéculo – Avaliação do útero, ovários e reto.
  • Colposcopia – Exame detalhado do colo do útero, utilizando um aparelho chamado colposcópio para detectar lesões invisíveis a olho nu.
  • Biópsia – Coleta de uma pequena amostra de tecido para análise laboratorial.

A identificação precoce aumenta significativamente as chances de tratamento bem-sucedido, evitando a progressão da doença.

Tratamento do câncer do colo do útero

O tratamento varia conforme o estágio da doença, tamanho do tumor e condições da paciente. As principais abordagens incluem:

  • Cirurgia – Em fases iniciais, pode ser realizada a conização (remoção parcial do colo do útero) ou a traquelectomia radical (retirada total do colo do útero), preservando a fertilidade da mulher.
  • Radioterapia e quimioterapia – Para tumores mais avançados, a combinação dessas terapias tem eficácia comprovada.

Cada caso é avaliado individualmente para garantir a melhor estratégia terapêutica, sempre priorizando a qualidade de vida da paciente.

Prevenção do câncer do colo do útero

A prevenção é um dos maiores aliados no combate a essa doença. As principais medidas incluem:

  • Vacinação contra o HPV – A vacina protege contra os principais tipos do vírus associados ao câncer cervical. Disponível no SUS para meninas e meninos de 9 a 14 anos e para imunossuprimidos até 45 anos.
  • Uso de preservativos – Reduz o risco de transmissão do HPV, embora não ofereça proteção total.
  • Realização regular do papanicolau – Mulheres entre 25 e 64 anos devem realizar o exame periodicamente para detectar precocemente qualquer alteração.

Vacinação contra o HPV: Um passo essencial na prevenção

A vacinação contra o HPV é uma estratégia eficaz para reduzir os casos de câncer do colo do útero. No Brasil, a vacina está disponível gratuitamente pelo SUS e deve ser aplicada preferencialmente antes do início da vida sexual.

Apesar de sua eficácia, a cobertura vacinal tem caído nos últimos anos, colocando milhões de jovens em risco. Em 2019, cerca de 87% das meninas entre 9 e 14 anos tomaram a primeira dose da vacina, mas esse número caiu para 75% em 2022. Entre os meninos, a queda foi ainda maior, de 61% para 52% no mesmo período.

A vacina quadrivalente, oferecida pelo SUS, protege contra os tipos de HPV 6, 11, 16 e 18 – sendo os dois últimos responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. Já a vacina nonavalente, disponível na rede privada, amplia essa proteção para mais cinco tipos de HPV.

Mesmo com a vacinação, o exame preventivo Papanicolau continua sendo essencial, pois a vacina não protege contra todos os subtipos do vírus.

A meta global para a eliminação do câncer do colo do útero

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu um plano estratégico para reduzir drasticamente a incidência desse câncer no mundo. As metas incluem:

  • 90% das meninas vacinadas contra HPV até os 15 anos;
  • 70% das mulheres rastreadas pelo papanicolau pelo menos duas vezes na vida (aos 35 e 45 anos);
  • 90% de adesão ao tratamento de lesões pré-cancerosas.

Se essas metas forem atingidas, espera-se que o câncer do colo do útero se torne uma doença rara e evitável no futuro.

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